GALVANIZAÇÃO POR IMERSÃO A QUENTE

O processo de galvanização mais comum é a galvanização por imersão a quente. Este processo consiste na imersão de peças em aço num banho de zinco fundido a cerca de 450ºC, ocorrendo uma reação metalúrgica de difusão entre o ferro e o zinco que permite a formação de um revestimento de ligas intermetálicas sobre o substrato, com uma camada exterior de zinco puro. Esta camada, protetora de zinco, funciona como barreira, impedindo que substâncias corrosivas atinjam o aço que está por baixo. O envelhecimento do zinco exposto à atmosfera também cria uma patina compacta de carbonato de zinco, que é impermeável à água. Além disso, se o revestimento for danificado, o zinco irá corroer-se antes do aço, proporcionado uma proteção sacrifical e evitando o aparecimento de corrosão em estruturas de aço ou ferro.

GALVANIZAÇÃO POR IMERSÃO A QUENTE​

Capacidade anual
40.000 tons

Dimensões máximas
12.500mm (C) x 1.700mm (L) x 2.400mm (A)
Até 8.000kg/un

Tecnologia de liga
Zn, Ni e AI

VANTAGENS DA GALVANIZAÇÃO

Proteção integral. Todas as superfícies interiores e exteriores de um artigo galvanizado por imersão ficam protegidas, incluindo concavidades e zonas ocas pouco acessíveis a outras técnicas de revestimento.

Proteção robusta e uniforme. A reação de difusão ferro-zinco produz um revestimento com uma união metalúrgica ao substrato, muito coeso, mecanicamente robusto e que apresenta uma espessura minimamente uniforme, incluindo em vértices e rebordos.

Proteção durável. No caso do aço estrutural, a vida útil de um revestimento galvanizado a quente, na maioria dos ambientes rurais e urbanos, é de várias décadas.

Baixo custo. A galvanização por imersão a quente tem geralmente o custo inicial mais baixo quando comparada com outros revestimentos de proteção de aço, que necessitam de laboração intensiva.
Mesmo nos casos em que o custo inicial possa ultrapassar o de revestimentos alternativos, a galvanização torna-se economicamente mais favorável a longo prazo, devido às suas reduzidas necessidades de manutenção.

Melhor sustentabilidade. O zinco é um metal não-ferroso inerentemente reciclável sem perda de propriedades físico-químicas. As análises aos ciclos de vida dos processos indicam que a galvanização por imersão a quente tem um menor impacto ambiental.

Proteção duplex. Um sistema duplex aproveita as vantagens do revestimento galvanizado e acrescenta-lhe a resistência química da tinta orgânica, aumentando a vida útil da proteção em ambientes mais agressivos – com uma variedade opções estéticas adicionais de cor e acabamento.

O PROCESSO

1. DESENGORDURAMENTO: Banho em ácido clorídrico (HCl) a 33%, para remoção de óxidos na superfície do aço base (30 a 120 minutos, dependendo do estado de oxidação dos materiais, à temperatura ambiente).

2. DECAPAGEM QUÍMICA: Banho em ácido clorídrico (HCl) a 33%, para remoção de óxidos na superfície do aço base (45 a 120 minutos, dependendo do estado de oxidação dos materiais, à temperatura ambiente).

STRIPPING – Banho em ácido clorídrico (HCl) a 33%, para remoção do revestimento galvanizado anterior (45 a 120 minutos, à temperatura ambiente). Apenas é usado em materiais que não tenham ficado conformes em galvanização anterior e precisem de reprocessamento.

3. LAVAGEM: Passagem rápida por água, para evitar a contaminação do banho de fluxo (imersão simples à temperatura ambiente).

4. FLUXAGEM: Imersão em solução de cloreto de zinco (ZNCl2) e cloreto de amónio (NH4Cl), que melhoram a limpeza da superfície e atuam como mordente do zinco, favorecendo a reação ferro zinco (imersão simples a cerca de 45°C).

5. SECAGEM: Estágio em estufa para remoção da humidade. O pré-aquecimento evita também o choque térmico aquando da imersão no banho de zinco, contribuindo para uma reação mais estável (cerca de 45 minutos a aproximadamente 80°C).

6. IMERSÃO EM ZINCO FUNDIDO: Os materiais secos e revestidos a fluxo são mergulhados na tina de zinco fundido. Dependendo das características dos materiais e especificações do Cliente, são levados em conta por colaboradores especializados alguns parâmetros como:
  ▪ Temperatura entre 450 e 452°C;
  ▪ Velocidade de entrada/imersão;
  ▪ Tempo de imersão;
  ▪ Velocidade de saída/emersão;
  ▪ Ângulo de saída.

7. ARREFECIMENTO: Passagem rápida por água, para arrefecer os materiais após o processo de galvanização e interromper a reação ferro-zinco no caso de aços reativos (imersão simples a cerca de 30°C). 

8. PASSIVAÇÃO: Banho em solução aquosa de polímeros orgânicos para proteger o revestimento de zinco contra a corrosão branca (hidróxido de zinco) e prolongar o brilho da superfície, tornando-a esteticamente mais apelativa (imersão simples a cerca de 40°C).

Da receção à expedição dos materiais